Assessores de Ministro presos em esquema de candidatos laranjas

A Polícia Federal prendeu na quinta-feira (27) três assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Mateus Von Randon, assessor especial do ministro,  foi preso em Brasília. Roberto Soares da Silva e Haissander Souza de Paula foram detidos em Mina Gerais. É a segunda fase da operação chamada de Sufrágio Ostentação, em que a PF investiga um esquema de candidaturas de “laranjas” do PSL, o partido de Bolsonaro, em Minas Gerais.

Teria havido repasses do fundo partidário do PSL para candidaturas “laranjas”, todas mulheres, colocadas na lista do partido só para fazer figuração e cumprir as cotas exigidas por Lei.

A investigação apura a situação de pelo menos quatro candidatas. Elas “receberam” verbas no total de R$ 267 mil, mas as quatro, somadas, conquistaram apenas 2.084 votos.

Pela lei, todos partidos são obrigados a reservar 30% das vagas para mulheres. A suspeita dos investigadores é que, na prática, essas candidaturas tenham sido lançadas a fim de desviar dinheiro do fundo partidário para as candidatos homens ou em proveito próprio.

Parte da verba das candidatas foi foi destinada para empresas de arte e gráfica pertencentes a aliados do ministro.

Em abril, a PF realizou a primeira fase da operação, buscando documentos e equipamentos eletrônicos em sete endereços, entre eles, em gráficas e na sede do PSL em Belo Horizonte.

Por enquanto, o próprio ministro Marcelo Álvaro Antônio não é alvo da operação.

Em nota, o Ministério do Turismo afirmou que “não há qualquer relação entre a investigação da Polícia Federal e as funções desempenhadas pelo assessor especial Mateus Von Rondon no Ministério do Turismo.

Faltou, na nota do ministério,  escreverem a palavra “agora”, achando que somos tolinhos. Não há relação agora entre a investigação e as funções desempenhadas. Mas e no ano passado, durante as eleições? É justamente mais essa parte das fraudulentas eleições de 2018 que são objeto da investigação, e não se o Von Rondon, hoje, se comporta como um anjo. Todo crime é no passado.

Esse é mais um escândalo do governo ilegítimo de Bolsonaro. Todo dia aparece um. É militar fazendo o papel de “mula”, traficando cocaína para a Europa em avião presidencial, o ministro da Justiça, o ex falso juiz Moro, viaja para os EUA secretamente, sem divulgar a agenda da viagem, paga com dinheiro público, enquanto segue a fritura dele pelas divulgações “vaza jato” do Intercept.

Vale lembrar que os ministérios da Cultura e do Trabalho foram extintos e lembrar também o super rápido discurso de Bolsonaro, de 6 minutos, dos previstos 45, em Davos.

É um governo que desde o começo trouxe à bordo uma penca de pessoas sem a menor qualificação e pelo menos 9 ministros eram réus ou investigados em processos na Justiça.

Ricardo Salles (Meio Ambiente), é réu por improbidade administrativa, tráfico de influência e acusado de dano ao erário público. Tereza Cristina (Agricultura) é investigada por suposto favorecimento à JBS, quando era secretária do agronegócio no Mato Grosso do Sul. General Heleno (Segurança Institucional) foi condenado em 2013 pelo TCU por assinar contratos irregulares no valor de R$ 22 milhões de reais. Onyx Lorenzoni (Casa Civil), admitiu ter recebido caixa 2 da JBS. Esse é o mais cara de pau, pois disse que foi perdoado por Deus e depois pelo Sérgio Moro. Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos): a ONG Atini, que ela ajudou a fundar, é alvo de duas investigações do Ministério Público por discriminação contra os povos indígenas. Luiz Henrique Mandetta (Saúde) é investigado por suposta fraude em licitação, caixa 2 e tráfico de influência. Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) é investigado por envolvimento em atividades comerciais – vedado pelo código militar aos oficiais na ativa. Paulo Guedes (Economia) é alvo da Operação Greenfield por suspeitas de gestão fraudulenta dos fundos de pensão de empresas estatais.

E o Marcelo Álvaro Antonio (Turismo), cujo nome verdadeiro é Marcelo Henrique Teixeira Dias (até o nome dele é laranja), tem empresa que deve  R$ 59,9 mil ao INSS. Sobre isso, deu declaração falsa ao TSE. O Banco do Brasil também cobra dívidas da empresa dele na Justiça. Ele e familiares ainda constam como réus em duas ações de usucapião.

Tutti buona gente!, diriam os mafiosos.

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