Teatro

“Adiós Paraguay”: grupo apresenta peça sobre a Guerra do Paraguai

Ao entrar em contato com os campos de batalha, eles se encontraram com o povo do outro lado do conflito de forma que puderam sentir a ferida ainda aberta.

O grupo de teatro Contadores de Mentiras da cidade de Suzano (SP) apresenta o espetáculo Adiós Paraguay nos próximos dias 30 e 31 de agosto e 1º de setembro às 19:30h. A peça tem duração aproximada de 180 minutos e será apresentada no teatro da própria compania. Com capacidade máxima de 40 pessoas, os ingressos online se encontravam esgotados no momento em que a matéria foi escrita. Já os ingressos presenciais estarão disponíveis sempre uma hora antes do início de cada apresentação.

A peça retrata a guerra contra o Paraguai, que durou 6 anos, entre dezembro de 1864 e março de 1870, em que participaram do lado da Tríplice Aliança: Argentina, Brasil e Uruguai contra o Paraguai, deixando praticamente 70% da população paraguaia morta.

A sinopse da peça diz que se trata de um espetáculo que apresenta a perspectiva paraguaia do conflito, em que uma mulher a puxar um fio de um tapete tira toda a poeira que está lá por baixo, encontra o presidente do país na época do conflito, sua esposa e outras personagens que criam questionamentos a respeito do que sabemos da história do conflito atualmente.

O processo de criação da obra começou em 2013 e durante os primeiros 5 anos se baseou em pesquisa profunda a respeito do tema nas fontes tradicionais de pesquisa, onde os relatos são superficiais e defendem o ponto de vista do Brasil na guerra, pouco se falando dos episódios violentos de nossa história, seja em relação à nossa própria população seja em relação às populações de outras nações. O Brasil, segundo o grupo, “desconhece a violência que carrega em sua bandeira”.

Em 2019, o grupo saiu em excursão, não se sentindo pronto para falar sobre o tema sem antes visitar o país que mais sofreu com o combate. Além de visitar o Paraguai, o grupo foi também à Argentina e ao Uruguai. Ao fazer o percurso da guerra e entrar em contato com os campos de batalha, eles se encontraram com historiadores, pensadores, artistas e o povo em geral do outro lado do conflito de forma que puderam sentir a ferida ainda aberta, mesmo com mais de 140 anos passados desde o fim da guerra.

A ideia de encontrar nessa viagem mais perguntas, questionamentos e apoiadores da investigação é uma iniciativa louvável para compreender que o modo como o Estado brasileiro se organiza hoje não surgiu do nada como um raio em céu azul.

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