6 de fevereiro de 1694: Domingos Jorge Velho destrói o Quilombo dos Palmares

No dia 6 de fevereiro de 1694, há exatos 315 anos, o bandeirante Domingos Jorge Velho, apoiado pelas oligarquias coloniais da época e pela própria coroa portuguesa, com um contigente de mais de seis mil homens, destruiu um dos mais importantes focos de organização da luta dos negros ao longo de toda a história brasileira, o Quilombo dos Palmares.

Organizado no final do século XVI, no interior da Capitania de Pernambuco, o quilombo transforou-se em uma organização social, econômica e política de resistência dos negros que fugiam do brutal regime de escravidão imposto na colonia. Estima-se que ao longo de sua história, o quilombo reuniu cerca de 7 mil pessoas, entre escravos e também indígenas.

No Quilombo foram desenvolvidas atividades economicas como a agricultura, durante o século XVII a colonia impõe uma intensa repressão à organização. Após um dos seus principais líderes, Ganga Zumba, aceitar um acordo que favorecia as intensões colonias de destruição do quilombo, ele é morto e a liderança passa então para Zumbi. Este passa a organizar a população do quilombo em forma de guerrilhas armadas, abandonando a estratégia mais pacifíca adotada pelo seu antecessor.

Após uma série de expedições fracassadas, nas quais as forças coloniais foram esmagadas pela resistência organizada no quilombo, os quilombolas são derrotados, Zumbi é morto e decapitado pelas forças coloniais. Sua cabeça é exposta no Pátio do Carmo em Recife para servir de exemplo para os outros escravos.

Mesmo após a sua derrota e a sua dissolução no início do século XVIII, o exemplo do Quilombo dos Palmares serve para comprovar que os negros não aceitaram a escravidão de maneira pacífica, como é propagandeado pela historiografia burguesa. O Quilombo dos Palmares, assim como outros episódios de rebelião dos negros contra a escravidão, servem para demonstrar a luta estabelecida pelo negros no período. A própria abolição da escravidão foi resultado dessas lutas.

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