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5 de abril de 1992: presidente Alberto Fujimori dissolve o parlamento peruano dando um golpe a partir do governo

Eleito em 1990, Alberto Fujimori instaurou um governo ditatorial, que dissolveu o parlamento para não haver nenhum tipo de oposição institucional a seu mandato. Em 5 de abril de 1992, uma espécie de autogolpe foi dado, garantindo ainda mais poderes à ditadura Fujimorista.

A saída do presidente Alan Garcia, e da Ação Popular Revolucionária das Américas, (APRA) que teve o governo atacado pelo imperialismo através de sabotagens para obter os minérios (o Peru é um dos países latino americanos com mais minérios), embargos e campanhas na imprensa, gerou as condições para um governo de extrema-direita assumir.

O Escritor Mario Varga Llosa, um direitista reconhecido por sua obra e popularidade com a esquerda, centro e direita, foi colocado como o candidato conservador. Fujimori era considerado o “azarão”, mas isso era propaganda. O imperialismo norte-americano não confiava em um possível governo do escritor, mesmo sendo abertamente neoliberal. Depositou forças em Fujimori, que obteve popularidade atacando o governo decadente anterior e se colocando como nacionalista. Obviamente, era apenas um fantoche do imperialismo.

Fujimori logo mostrou a que veio e colocou o ex-militar Vladimiro Montesinos (considerado o verdadeiro governante durante o regime), que havia sido expulso do exército peruano pois era agente da CIA. O governo foi composto com um agente direto  da CIA no governo.

A repressão já extremamente forte que o governo Fujimori havia instaurado após sua eleição, usou do poder das forças armadas para implantar um regime de choque. Colocou os apoiadores do regime no Poder Judiciário, tomou diversos meios de comunicação como rádios, TVs e jornais periódicos.

Fujimori apareceu na televisão anunciando a dissolução do Congresso da República, ordenando que o Exército peruano levasse tanques ao congresso para fechá-lo. Foi feito com repressão aos parlamentares que tentaram se manter no prédio. Uma espécie de autogolpe peruano, que gerou o “Governo de Emergência e Reconstrução   Nacional” que continuou o ataque suspendendo a constituição de 1979 e colocando no congresso seus apoiadores para, em 1993, elaborar uma nova constituição entreguista.

A política econômica brutal e a repressão chegaram a levar à aplicação de “punições drásticas” para “terroristas”, que levaram ao fuzilou dezenas de milhares de opositores do regime. O sistema repressivo criou grupos paramilitares para assassinar os membros da organização Sendero Luminoso e grande parte dos camponeses do país. O governo Fujimori assassinou cerca de 60 mil pessoas em 10 anos de governo.

Fujimori deu um golpe já no poder, um autogolpe. Avançou com os militares quando foi necessário um governo mais ditatorial, um governo de choque para destruir a oposição, os direitos dos trabalhadores, e assassinar e torturar militantes de esquerda, estudantes e trabalhadores do campo e da cidade.

 

 

 

 

 

 

 

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