Os levantamentos dão conta de mais de quatro milhões de acidentes e doenças do trabalho aconteceram entre os anos de 2012 a 2018, porém, com a subnotificação, qual seja, ocultação de informações como a falta de Comunicados de Acidentes do Trabalho (CAT) entre outros, caso corriqueiro na quase totalidade das empresas, etc., estes números podem ser muitas vezes maior.
Na verdade, os patrões têm os frigoríficos, (um dos maiores responsáveis por essa catástrofe), como verdadeiras máquinas de destruição de funcionários.
Somente neste mês de março, em uma parcela ínfima de frigoríficos/abatedouros, (o setor frigorífico corresponde a cerca de cinco mil empresas), tanto no estado da Paraíba, quanto em Sergipe foram revelados órgãos de imprensa burguesa, inúmeras situações de degradação humana, ou seja, somente nesses dois estados foram cerca de 100 irregularidades envolvendo milhares de trabalhadores.
No caso da Paraíba, 71 municípios estão envolvidos em trabalho escravo, trabalho infantil, entre outros.
Em Sergipe, mais de 25 municípios mantém abatedouros irregulares e seguem atuando em condições idênticas às do estado da Paraíba, uma situação de degradação humana.
São milhares de trabalhadores que vivem numa situação de penúria, trabalhando em condições sub-humanas, são tratados como verdadeiros objetos, como eram tratados os escravos.
No período colonial, os senhores de engenho compravam os africanos e faziam-nos de escravos e o tratamento era de verdadeiro objeto.
Agora, como se vê, em dois estados do Brasil, como relatado nos noticiários, da grande imprensa golpista que, (nestas questões tentam esconder tais acontecimentos), os operários são, de igual modo, apesar de terem contrato de trabalho, tratados como objetos e, desta forma os patrões podem auferir cada vez mais lucro.
Os dados dão conta, ainda, que mais 800 mil acidentes e doenças ocorreram somente no ano de 2018, os afastamentos chegam a mais de 48 milhões de dias, esses dados estão subestimados, podendo, ainda ser, em mais de seis vezes o montante apresentado. Ou seja, cerca de 4,8 milhões de acidentes e 300 milhões de dias, uma destruição sem fim, não contando, ainda, o número de inválidos que são afastados definitivamente e os mortos.