27 de junho de 1905: marinheiros do Couraçado Potemkin revoltam-se contra os oficiais czarista (Revolução Russa)

Em junho de 1905, em meio à Revolução Russa contra o Czar, a tripulação do da navio de guerra da marinha imperial (couraçado Potemkin) realizou um levante contra o regime então vigente.

O Império Russo estava em plena guerra contra os japoneses pelo controle da Manchúria (China), e as condições do país, devido à guerra, tinham piorado exponencialmente. A fome havia aumentado, o sucateamento e o desemprego também. 

Por conta disso, em janeiro de 1905, milhares de trabalhadores foram para o Palácio de Inverno reivindicar melhores condições de trabalho e de vida. O Czar reagiu com uma intensa repressão, mandando seus oficiais atirar nos manifestantes.

O clima política já estava muito quente. No final do século anterior diversas organizações de esquerda, sobretudo estudantis e camponeses, haviam iniciado uma guerra contra o regime czarista, através de atentados e sequestros. O movimento evoluiu e foi a vez da classe operária de intervir. Entre 1890 até 1905, diversas greves operárias sacudiram o país.

Foi nestas condições que, após a intensa repressão em janeiro de 1905 (que ficou conhecida como Domingo Sangrento), uma série de revoltas eclodiram na Rússia.

Os marinheiros do Couraçado Potemkin começaram a reivindicar também melhorias no trabalho e se rebelaram contra política de repressão dos oficiais do alto escalão. A revolta foi tão intensa que levou o Czar a assinar o Tratado de Portsmouth, que deu fim à guerra Russo-japonesa.

O movimento revolucionário desta época foi vitorioso ao conquistar diversos direitos democráticos no regime russo. Direitos estes que foram em seguida suprimidos, seguindo uma gigantesca onda de repressão do czarismo, que levou a um refluxo do movimento revolucionário, que só eclodiu novamente em 1917, quando o czarismo foi derrubado definitivamente por uma revolução proletária.

Nisso tudo, a importância da revolta em Potemkin foi tão importante que inclusive o cineasta revolucionário, Sergei Eisenstein, produziu um filme de 1925 sobre o ocorrido. Filme este que se tornou um marco do cinema mundial.

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