O ano de 2019 chega ao fim e certamente ficará marcado na história do País e na memória do povo brasileiro como os 365 dias da maior tragédia social, política, econômica, cultural e ideológica vivenciada pelo conjunto da nação até agora. O ano teve início com a posse do governo Bolsonaro, que foi o resultado e produto direto da maior de todas as farsas engendradas pela burguesia e as forças direitistas nacionais, sem registro e sem paralelo em toda a história do País.
Desde quando tomou posse, não houve um só dia em que não tenha havido uma medida contrária e de ataque aos interesses do País e principalmente aos do povo trabalhador, as massas populares e a população pobre e explorada de todas as regiões do território nacional. Um sem número de direitos e conquistas sociais foram atacados por Bolsonaro e seu Ministro da Economia, o “Chicago Boy” neoliberal Paulo Guedes, homem de confiança dos banqueiros e financistas mundiais, os mesmos que planejaram e financiaram o golpe de Estado de 2016, que depôs arbitrariamente o governo eleito em 2014.
Chega a casa das centenas as razões – se fossemos elencar aqui – que justificam a necessidade de colocar para fora o governo que vem promovendo a maior obra de destruição do País, o famigerado e repudiado governo Bolsonaro, que em seu primeiro ano de mandato, já ostenta índices de rejeição superiores a qualquer outro mandatário dos últimos trinta e cinco anos, desde a chamada “redemocratização” do País. Isso sem citar o fato de que Bolsonaro não foi eleito pela maioria da nação; ao contrário, pois em números absolutos, o atual governo foi sufragado por uma minoria.
Muito diferente de qualquer opinião dos representantes oficiais e não oficiais da esquerda brasileira, seja ela parlamentar ou não, que são incapazes de enxergar a realidade e se sintonizar com as aspirações populares, o povo foi às ruas para exigir o “Fora Bolsonaro” ainda nos primeiros meses do ano, durante a maior festa popular do País, o Carnaval, onde o que se ouviu em todas as principais cidades, foi o grito de “ei Bolsonaro, VTNC, demonstrando o enorme repúdio popular ao governo dos grandes monopólios, dos banqueiros, dos latifundiários, da extrema direita e das milícias assassinas.
Todo esse quadro trágico e dramático para a esmagadora maioria da nação, coloca como perspectiva para 2020 uma única e só alternativa, que não pode ser outra senão já iniciar o ano levantando bem alto a palavra de ordem que expressa o desejo de centenas de milhões de brasileiros, de todas as camadas exploradas e sofridas da nação, de todos os que sofrem o dia a dia da perda de direitos, do desemprego, da carestia, da violência policial, dos assassinatos no campo, da perseguição às minorias e à esquerda, do ataque à cultura e à soberania nacional, do avanço da extrema direita. Essas bandeira de luta é a campanha pelo “FORA BOLSONARO”, que deve ganhar as ruas de todas as regiões, capitais e cidades mais importantes do País; que reúna todas as forças do povo trabalhador; que unifique todas as campanhas de reivindicações das categorias de trabalhadores; que unifique a luta dos sindicatos, das federações e confederações ligados à CUT; das entidades de luta do campo e da cidade; das mulheres, dos negros, do movimento estudantil e popular, das minorias discriminadas e perseguidas pelo governo e pela extrema direita fascista.
Não há mais o que esperar diante de tanta bárbarie, diante de todas as maiores ameaças que o País e a população vem sofrendo por parte da extrema direita, da burguesia reacionária, fascistóide e do imperialismo. Esta campanha, a luta por colocar na rua o bloco do “FORA BOLSONARO” já deve ter sua largada ainda no primeiro mês do ano, em janeiro, pois não há um só minuto a perder na organização deste movimento que certamente ganhará as ruas de todo o País.