A PF prendeu um sindicalista por engano. Só por uma pessoa de mesmo nome ter sido citada numa mensagem pessoal aberta pelos policiais em investigação.
Isso só deixa claro que a espionagem da esquerda pelo aparato repressivo da direita é uma realidade no Brasil. Prender Ruy Queiroz de Amorim, 1.º secretário adjunto de Finanças da UGT,em vez de José Luiz Amorim, que seria assessor direto de Ricardo Patah (presidente da UGT) é um erro policial conveniente. O critério da prisão foi a simples menção de “Amorim UGT” em uma mensagem espionada pela PF.
É necessário salientar o conteúdo da investigação em questão: políticos dirigentes de sindicatos e funcionários públicos que atuavam na negociação para liberar registro sindical pelo ministério. Ou seja, a PF invadiu as mensagens privadas do servidor Renato Araújo Júnior, da Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho a fim de “desmantelar as relações que visavam efetivar um registro sindical”. Esse é um claro processo de perseguição às organizações entre trabalhadores. Os 23 mandatos de prisão por “Registro Espúrio” não têm senão as “provas” da palavra policial.
“Parece que vieram atrás do primeiro ‘Amorim’ que acharam”, disse o sindicalista preso.
Tirar a liberdade de uma pessoa sem provas e apenas por palavra de juiz ou policial é uma coisa já conhecida pela esquerda, vide a prisão de Lula e a de Dirceu.
E essa perseguição tem se intensificado. O fato de ser possível uma prisão “por equívoco” leva à conclusão de que as “investigações” policiais são rasas e de ordem ideológica.