Da redação – Os efeitos do golpe contra o povo são catastróficos. Não bastasse a Intervenção Militar, utilizada como ameaça para que as massas do Rio de Janeiro não se revoltem contra o golpe, contra a prisão de Lula e contra a matança de trabalhadores pelos militares, agora temos que assistir a oficialização eleitoral dos golpistas que colocaram 12 policiais nas bancadas federais e estaduais do estado.
Na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), a bancada formada por policiais militares, civis, federais e integrantes do Exército, foi de sete para 12, e, desses, nove entram pela primeira vez no serviço de atender as ordens da burguesia golpista no Legislativo.
Seguindo o crescimento militar dentro das instituições golpistas, na bancada federal foram sete “eleitos”, mais os três da legislatura atual.
O PSL, de Bolsonaro, elegeu grande bancada, demonstrando que o fascismo não se derrota nas urnas, e assim, a conclusão deve ser de que as eleições servem para oficializar as barbáries da direita golpista. O partido foi o que colocou maior quantidade de policiais na assembleia do estado e também na Câmara Federal, contabilizando oito dos 11 eleitos.
Alguns dos “eleitos” foram o tenente Newton da Silva, como segundo suplente na Alerj, a major Fabiana da PM, conhecida como “Major do Salto”, por ter sido fotografada em 2014 a paisana rendendo suspeitos na favela do Jacarezinho – e primeira mulher a se eleger no Rio -, também o sargento Gurgel e Daniel Silveira – que participou do ato onde a placa de Marielle Franco foi rasgada nesta semana -, o delegado Antonio Furtado, o policial federal Felicio Laterza e o subtenente do Exército, Helio Fernando, o deputado federal mais “votado” do Rio com 345 mil votos.
A imprensa burguesa ressalta que essa grande entrada de militares se dá por conta de que Bolsonaro foi utilizado para campanha desses capachos da burguesia e este diário denuncia que estamos em uma situação de completa fraude levada a cabo pelos golpistas.
Os militares estão em todas as instâncias do poder. Como ministros golpistas, temos dois, sendo um deles, Sérgio Etchegoyen, parente de torturadores da ditadura de 1964, o atual presidente do Brasil. No Supremo Tribunal Federal (STF), temos o assessor de Dias Toffoli, Fernando Azevedo e Silva, que na verdade manda e ameaça os trabalhadores, e agora, mais de 70 militares espalhados pelo legislativo em todo o território nacional.