As religiões de matriz Africana sempre foram alvos de perseguição por parte do Estado nacional e sempre foram vítimas de enorme preconceito social. Muitos motivos incidem na perseguição e no preconceito com as religiões africanas ou afro-brasileiras. O fator principal, porém, é político . Por tratar-se de uma manifestação espiritual de uma ampla camada da população brasileira, o negro, a religião pode tornar-se uma meio de organização, unificação etc dessa massa difusa.
O negro é uma população oprimida pelo Estado nacional ao mesmo tempo temida pelo regime político que não pode subsistir tal como é se tiver de incorporar essa da população a condição de cidadão pleno. Por isso reprime Qualquer organizacionais possa unificar o negro, por isso o Estado, a direita, a burguesia, a imprensa perseguem permanentemente as religiões de africana.
A própria ideologia, muito difusa, que demoniza as religiões de matriz africanas é impulsionada pela imprensa capitalista e.pelo Estado burguês. Qualquer sociedade minimamente democrática deve garantir direito fundamental do cidadão a liberdade de culto. No Brasil não há este direito em se tratando de religiões de matriz africana.
Ser praticante de Candomblé, de Umbanda. etc é ser automaticamente perseguido pelo Estado e pela sociedade Civil, o que não acontece com nenhuma outra religião.
Na sociedade civil burguesa, no regime político burguês no Brasil o espaço para o negro como cidadão pleno é muito pequeno. E a cada momento e mais e mais repelido para a marginalidade. Suas manifestações culturais rechaçadas ou reprimidas, mesmo as de grande popularidade.
Com o golpe de Estado a situação fica ainda mais desfavorável ao negro. Um dos elementos fundamentais do golpe de Estado é justamente impor ao negro, enquanto negro e ao trabalhador – coisa que, no Brasil, o povo negro participa nos dois momentos, já que é maioria do povo – uma maior exploração que só pode ser feita por meio da opressão, da Violência. E não por acaso as as religiões de matriz Africana tem sido cada vez mais atacadas.