Foi noticiado em matéria do sítio Carta Campinas, de quarta-feira (6), a paralisação, decidida em assembleia, dos professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para a quinta-feira (7).
Quinta-feira, uma nova rodada de negociações do chamado Fórum das Seis (que reúne as entidades representativas de funcionário e de professores das três universidades estaduais paulistas) juntamente com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas).
Os professores decidiram greve, com mobilização pelo tempo que durarem as negociações com os reitores. A decisão veio reforçar a decisão de “estado de mobilização” que foi decidida no dia 24 de maio. Foram tiradas ações e mobilizações para serem executadas junto ao Cruesp e à Reitoria da Unicamp.
Os reitores, representados pelo Cruesp, e que seguem a linha política do governador de São Paulo, o golpista Marcio França (PSB), ofereceram 1,5% de reajuste salarial, enquanto o Fórum das Seis, ou seja, os funcionários em conjunto com professores, pedem por 12,5%. Lembrar que reajuste é apenas referente aos três últimos anos, e que não é um aumento, apenas pretende se alinhar ao aumento da inflação no período.
A Adunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp) disse que a greve é um fato “essencialmente político”e que tem o objetivo de assinalar “que a categoria pode deflagrar greve a qualquer momento, dependendo das mobilizações e negociações em curso”.
Os professores universitários, quase sempre fazem greve apenas por aumento salarial. Essa greve, juntamente com os funcionários, está pedindo mais, realmente se pronunciando uma “greve política”, ou seja, contra os empreendimentos do governo golpista do Estado de São Paulo. Pedem Grupos de Trabalho de acompanhamento da evolução financeira das Universidades e um específico para evolução financeira da Unicamp.
Os alunos devem aderir à greve, tendo sua própria pauta que é muito maior e importante que a de professores, apoiando os professores e funcionários. Os estudantes porém, devem se manter em greve, mesmo se os professores saírem, e lutar pela independência (prevista em lei) das universidades estaduais paulistas. O regimento da Unicamp, Unesp e USP, lhes dá uma autonomia para o ensino, pesquisa e extensão; essa autonomia tem sido retirada paulatinamente, e, desde 2016, de forma brutal.
Nesse momento uma Greve Geral é a única saída para impedir o avanço do golpe. A comunidade acadêmica de conjunto deve lutar contra o golpe, e colocar suas reivindicações juntamente com a Luta contra o Golpe.