O imperialismo espanhol revela mais uma vez as tradições franquistas mantidas pelo atual regime. O franquismo é como era denominado o regime Espanhol sob Francisco Franco, inspirado nos regimes de Hitler e Mussolini, e que era famoso pela dura e brutal repressão exercida contra as mais diversas etnias espanholas, como os Catalães, os Galegos, os Bascos e assim por diante.
Por isso, o regime sofreu com uma série de lutas políticas destes setores contra o imperialismo. Na região dos Bascos por exemplo, formou-se um grupo Euskadi Ta Askatasuna (ETA, Pátria Basca e Liberdade, na tradução para o português), que foi um grupo armado que lutou incansavelmente pela derrubada do regime de Franco e a liberdade e soberania do povo basco.
Parte dos países Bascos também se encontram no territória Francês. E, no final do Século XX, quando o movimento operário internacional começou a naufragar, uma campanha de perseguição e prisão política destes grupos foi reforçada pelo imperialismo Europeu, prendendo centenas de lutadores bascos e de outras nacionalidades.
Nesse sentido, recentemente, alguns presos políticos da ETA haviam recorrido ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos para que a pena que foi cumprida no território francês, foi subtraída a pena que irão exercer na Espanha.
Esta sentença está focada em três casos. Os de Santiago Arróspide Sarasola, Santi Potros; Alberto Plazaola Anduaga e Francisco Múgica Garmendia, Pakito. Entretanto, o fato dos juízes do tribunal Europeu terem se colocado a favor dos três presos da ETA abriu-se a porta para que o mesmo acontecesse com 69 dos quase 300 presos da ETA que ainda se encontram em território Espanhol.
Revela-se, de qualquer forma, o absurdo da política supostamente “democrática” do imperialismo Espanhol. Estão fazendo com que pessoas condenadas, em um processo que já inicialmente deve ser repudiado, cumpram mais penas do que deveriam, não deixando que os anos passados nos cárceres franceses afetam a pena que deverão exercer na Espanha. Essa é a “democracia” das viúvas de Franco.