A existência, em si, de um processo fraudulento como este que Lula responde, já significa que a direita quer condenar e prender o ex-presidente do Brasil, independentemente de recursos, provas ou da própria lei.
O processo de Lula foi aberto sem o menor fundamento legal, se baseando em alegações e suposições de adversários políticos e, claro, com a ação da Justiça Federal, que ocupou papel importante no andamento do golpe de Estado.
Ainda em primeira instância, nas mãos de Sérgio Moro, Lula foi condenado, em julho de 2017, sem qualquer prova, a nove anos e meio de prisão, no “caso do Triplex”, caso que não tem crime algum, menos ainda provas de alguma conduta ilícita de Lula.
A defesa de Lula apresenta recurso, mas, antes mesmo de tomar conhecimento desse recurso, um dos desembargadores que preside a casa onde Lula será julgado em 2ª instância já havia adiantado o que ele achava do processo e da sentença de Moro.
Presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, disse, em entrevista ao golpista jornal Estadão, que a sentença de Moro “é tecnicamente irrepreensível, fez exame minucioso e irretocável da prova dos autos e vai entrar para a história do Brasil”.
Depois disso veio a tramitação, o andamento veloz do processo, para que Lula fosse, finalmente, julgado em 24 de janeiro de 2018. “Pelo levantamento que fizemos, foi uma tramitação recorde”, afirmou um dos advogados de Lula, Cristiano Zanin, em entrevista à Revista Forum.
Ou seja, a decisão de condenar Lula já foi tomada, e faz tempo. Não estão preocupados com nenhuma limitação legal, com nenhum direito da defesa, com (a falta de) provas, nem mesmo com os juízes responsáveis, eis que todos estão no bolso dos golpistas.
Diante desse problema que é preciso intensificar a luta contra o golpe de Estado, contra a condenação e prisão de Lula. Ocupar Porto Alegre contra as arbitrariedades do Poder Judiciário.