Denúncia – Com mais de 60 trabalhadores, o frigorífico Lopes, localizado na cidade de Barueri, região da grande São Paulo, explora, desde o pessoal da limpeza até os motoristas, ajudantes, lombadores e desossadores e assim por diante.
Os patrões não fornecem equipamentos adequados de proteção e segurança aos seus funcionários e desrespeitam o limite de horário de trabalho diário, que conforme a Consolidação das Leis de trabalho (CLT) – destruída pelos golpistas – são de oito horas diárias.
Os trabalhadores são obrigados a dar conta do trabalho, mesmo que fiquem por 12, 13, 14 ou mais horas, os motoristas e ajudantes, da mesma forma, ficam na rua em horários idênticos: 12, 13, 14 ou mais horas.
Os trabalhadores, no entanto, não recebem horas-extras pelo período excedente. Ou seja, trata-se de um verdadeiro trabalho escravo.
Os trabalhadores do primeiro turno, cujo horário de entrada é às 7:00 horas da manha deveriam sair às 17:00 horas, mas isso nunca acontece; e os funcionários do segundo turno deveriam sair às sete horas da manhã, também sofrem do mesmo problema, nunca saem nesse horário e às vezes acabam ficando até as 11:00 ou 12:00.
Essas horas não são pagas, pois os patrões do Frigorífico Nosso, desrespeitando a Convenção Coletiva de trabalho, instituiu, por sua conta, o banco de horas. É uma afronta ao conjunto dos trabalhadores.
Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio, no Estado de São Paulo estiveram, no horário de entrada para distribuir o boletim Faca Afiada e marcaram reunião, com os dois turnos da fábrica, para a próxima semana.
A mobilização dos trabalhadores é que poderá coibir o tratamento de exploração imposto pelos patrões.