A imprensa golpista está a todo vapor na sua busca frenética por buscar um “plano B” à candidatura de Lula.
Dessa vez, o alvo foi o ex-ministro de Dilma e ex-governador da Bahia, Jaques Vagner. Segundo a imprensa burguesa, Vagner teria tecido rasgados elogios ao candidato Ciro Gomes, logo após visitar Lula nas masmorras da Polícia Federal, em Curitiba, na companhia do governador do Piauí, Wellington Dias, no último dia 07, quinta-feira.
“É um dos quadros mais preparados do Brasil para qualquer missão“ e, em seguida, que Ciro “é um animal político desde a juventude”, teria declarado o petista.
Em maio passado, Vagner já havia declarado à possiblidade de o PT compor uma chapa com Ciro Gomes, indicando o candidato à vice.
É fato que há uma ala dentro do PT, capitaneada por governadores do Partido, que quer virar a página do golpe e vê em Ciro Gomes a candidatura capaz de permitir os acordos regionais, que possibilitem a manutenção dos seus cargos políticos no quadro político inaugurado com o golpe de Estado.
Sem contar o fato de que essa não é a posição da ala lulista do Partido, que tem à frente, além do próprio Lula, a senadora Gleise Hoffmann, essa tentativa, além de uma capitulação vergonhosa ao golpe, é absolutamente ilusória, que o diga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, acossado por todas as alas gol;istas no seu Estado e na iminência de sofrer um processo de impeachment.
A burguesia golpista, diante da nulidade de seus candidatos, procura por todos os meios enterrar de vez candidatura de Lula na expectativa de conduzir às eleições entre um candidato de “centro”, leia-se direita golpista, e um candidato de “esquerda”, também golpista, e nesse papel nada melhor do que um Ciro Gomes.
Segundo Ciro, a candidatura de Lula “é ruim porque polariza o país”. Do ponto de vista do golpe, o garoto do Benjamin Steinbruch tem razão. A burguesia quer um candidato que ela possa usar como um fator de credibilidade para o fraudulento processo eleitoral que está se avizinhando. Um candidato deles, com um verniz de esquerda, que possa perder as eleições e ajudar os golpistas, em nome da “democracia”, a levar o golpe a termo.
O problema consiste em que todo esse plano maquiavélico não encontra respaldo na direção do PT e muito menos nas bases do Partido.
Esse é o imbroglio do golpe. É Lula ou nada, assim falam as bases, assim falam dezenas de milhões de brasileiros.