Na madrugada de ontem, teve início a greve dos condutores de ônibus do Rio de Janeiro. Segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio (Sintraturb), a paralisação vai ocorrer de forma gradual, isto é, a cada dia mais condutores irão parar, até que permaneça em atividade apenas o número mínimo de funcionários previsto em lei.
Os condutores do Rio de Janeiro estavam em estado de greve desde o último dia 4. Na última quinta-feira, após recusar uma proposta de acordo dos patrões, os rodoviários decidiram entrar em greve.
Os condutores estão reivindicando reajuste salarial, pagamento de salários, décimo terceiro e férias atrasados, e o fim da dupla função. A dupla função, que é uma inicitiva criminosa dos tubarões do transporte em todo o país, é responsável pela demissão sistemática dos cobradores de ônibus.
Para garantir a paralisação, os rodoviários realizaram piquetes em algumas das principais vias da cidade, obrigando motoristas fura-greves a aderirem à paralisação que defende os interesse de todos os trabalhadores da categoria.
A greve dos condutores do Rio de Janeiro, que foi antecedida em cerca de uma semana pela greve dos condutores de Manaus, que passou por cima da política conciliatória das direções sindicais e perseguição do judiciário golpista que decretou multa de R$ 200 mil por hora contra o sindicato da categoria, mostra que há condições reais para acontecer uma paralisação geral dos trabalhadores. Em outras palavras, há o clima e a disposição para uma greve geral.
Todos os trabalhadores estão tendo seus direitos diminuídos, atacados ou extinguidos por uma mesma razão: o golpe de Estado de 2016. Por isso, é necessário aproveitar a forte tendência à mobilização dos trabalhadores para convocar uma greve geral contra o golpe, exigindo a liberdade de Lula e a anulação do impeachment.