Recentemente a imprensa anunciou que Alckmin tinha “aderido” à campanha do #EleNão. Uma coisa realmente muito inusitada, pois a campanha foi criada pelo próprio PSDB, e inflada pela imprensa burguesa que é aliada ao mesmo setor político que controla o PSDB. Supostamente, Alckmin teria se juntado à campanha de forma “espontânea”, junto com o “movimento democrático das mulheres”. De forma que Alckmin seria um grande democrata ao estar defendendo este “grande movimento popular das mulheres contra o fascismo”, que é justamente a campanha que a imprensa está procurando orquestrar para colocar Alckmin no segundo turno.
O objetivo desta mobilização obviamente que é de transferir os votos contra o PT, isto é, os votos da direita, de Bolsonaro para Alckmin. Mesmo que não aparece sob a forma de um movimento liderado pelo PSDB, o #EleNão já foi usado pela imprensa burguesa de diversas formas, através de seus artistas, seus porta-vozes (como a ultra-direitista Rachel Sheherazade) e seus políticos, como os dois da chapa presidencial do imperialismo, Geraldo Alckmin e Ana Amélia, que não enganam ninguém em sua demagogia em defesa das mulheres.
Para levar Alckmin para o segundo turno, estão fazendo uma série de manobras, como a divulgação de pesquisas fraudulentas, que aos poucos vêm apresentando um crescimento de Alckmin, que já aparece em terceiro lugar, atrás dos “dois extremos” contra quem a burguesia faz uma intensa campanha, o PT e Bolsonaro, apresentando Alckmin como o indivíduo racional e democrático que poderia vencer estes dois elementos “golpistas” contra a democracia.
O uso do ato do dia 29 contra Bolsonaro, o possível resultado do inquérito da facada de Bolsonaro e os indícios (muito provavelmente, falsos) de que 41% das mulheres não sabem em quem votar são as cartas que a burguesia está usando para justificar uma inflação da votação Alckmin, nas pesquisas e nas eleições. Não se encontra eleitor de Alckmin em lugar nenhum, só o esforço da direita golpista para fazer acreditar que realmente este é um candidato popular e necessário para combater o fascismo de Bolsonaro. Logo ele, o tucano que bate em professores e estudantes…