Os norte-americanos têm o maior arsenal nuclear do mundo, embora tentem impedir países atrasados de desenvolver armas desse tipo em defesa de sua soberania. A partir deste ano, os EUA devem voltar a produzir mísseis de médio e longo alcance lançados da terra, que poderiam percorrer de 500 a 5500Km. A Lei de Autorização de Defesa Nacional para 2018 assinada pelo presidente Donald Trump autoriza a fabricação desse tipo de míssil.
Essa medida viola o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, assinado em 1987 por Mikhail Gorbachov, então líder a URSS, e o presidente dos EUA na época, Ronald Reagan. Sob esse acordo, quase 3 mil mísseis foram destruídos, a grande maioria da URSS. Para violar o acordo, os EUA repetem a mesma manobra de sempre: acusam a Rússia de ter violado o acordo primeiro, sem fornecer nenhuma prova.
Gorbachov fez um apelo para que as duas partes do acordo trabalhem para impedir que o acordo entre em colapso. O problema é que a essa altura o acordo não tem mais nenhum significado e da parte dos EUA nunca passou de demagogia.
O domínio do imperialismo sobre o mundo está em crise. Os EUA precisaram dar golpes em todas as partes do mundo, incluindo tentativas fracassadas como na Turquia e guerras perdidas como no caso da Síria. Essa crise se intensificou a partir do fracasso da ocupação do Iraque, que obrigou os norte-americanos a fazer um acordo com o Irã e está diretamente relacionado ao aprofundamento da própria crise capitalista de 2008 até hoje.
Sob essa crise política e econômica, o imperialismo se torna mais agressivo e mais perigoso do que o habitual. Depois de fazer muita demagogia procurando impedir países atrasados de desenvolver suas próprias armas nucleares, os EUA estão retomando a expansão de seu próprio arsenal nuclear, que já é gigantesco. Trata-se de uma ameaça permanente contra o mundo inteiro e de uma reação desesperada a uma dificuldade cada vez maior de controlar a situação política nos países atrasados.