A Casa Branca divulgou em dezembro de 2017 um longo documento tratando dos pilares da estratégia de segurança nacional que vem sendo adotada pelos Estados Unidos, onde o governo daquele país assume claramente que usa a chamada “luta contra corrupção” como uma forma de “dissuadir, coagir e restringir a ação de adversários” nos países sob a influência direta de seu imperialismo. O que deixa mais do que claro que o processo de impeachment conta a ex-presidenta Dilma Rousseff e agora a perseguição contra o ex-presidente Lula não passa de um golpe de estado que se utiliza da “luta contra a corrupção” para anular adversários políticos e promover o saque à céu aberto de todas as riquezas do Brasil, como é caso do pré-sal.
Neste documento, recheado de belas frases de efeito, os EUA, em suma, reafirmam sua total falta de escrúpulos na obstinada tarefa de impor o seu poder de coação sobre os outros países, utilizando-se de todo e qualquer meio que seja por eles considerado eficiente, pouco importando se lícito ou criminoso.
Fica evidente pelo texto divulgado, que ao imperialismo norte-americano, por exemplo, não há qualquer problema em corromper funcionários dos poderes judiciários de países sob a sua influência – inclusive juízes e promotores – para os utilizarem como agentes de uma fantasiosa “luta contra a corrupção”, que, na verdade, é só uma maquiagem para a mais descarada perseguição política contra todo aquele que não seja completamente submisso aos mandos do império.
O imperialismo não tem nenhum pudor em assumir publicamente que usa e usará de todo e qualquer meio de que disponha para impor a sua vontade sobre o resto do mundo.
E fará isto sem medir qualquer consequência, ainda que tenha de criar sérias crises econômicas e políticas, destruir a legitimidade de instituições democráticas, efetuar golpes de estado, atacar populações ou corromper poderes inteiros, continuará a estender seus terríveis tentáculos de opressão e exploração sobre todos os povos.