Esquerda brasileira insiste em erro exaustivamente testado ao confiar nas instituições

O imperialismo, que se encontra em profunda crise, procura estabelecer, em todo o planeta, governos que sejam capazes de colaborar plenamente com seus interesses. Os líderes populares, os governos nacionalistas, os políticos ligados a setores da burguesia que não estão completamente alinhados ao imperialismo – enfim, tudo aquilo que representar uma oposição aos interesses dos monopólios estão sendo perseguidos.

No Brasil, em 2014, a direita tentou emplacar, nas eleições para presidente da República, um candidato profundamente impopular, que se colocava enquanto sucessor do governo de Fernando Henrique Cardoso, responsável por deixar milhões de brasileiros na miséria. Sem sucesso, o imperialismo orquestrou, por meio das instituições ditas “democráticas” – isto é, o Poder Judiciário, o Congresso, o Ministério Público etc. – um golpe de Estado.

Com o golpe de Estado, a burguesia se sentiu livre para aumentar ainda mais o nível de massacre da classe da trabalhadora. Os assassinatos no campo aumentaram drasticamente, a CLT foi rasgada, parte considerável do patrimônio nacional foi entregue para os países imperialistas etc. Tudo isso, no entanto, foi acobertado pelas “instituições”: os juízes nada fizeram em relação aos assassinatos, por exemplo, assim como os parlamentares aprovaram as leis necessárias para que os patrões rasgassem os direitos trabalhistas.

A maior pedra no sapato dos golpistas, desde 2016, tem sido o ex-presidente Lula. Maior líder popular do país, Lula ainda é visto como uma liderança da luta contra o golpe e é capaz de reunir milhares de pessoas rapidamente. Por isso, sua prisão sempre esteve em pauta para os golpistas.

A ameaça de prisão de Lula deveria ter sido respondida, pela esquerda, por meio de uma intensa mobilização. Afinal, os milhões de trabalhadores que vêm sofrendo contra o golpe, dispostos a lutar até as últimas consequências contra a prisão de Lula, seriam a melhor fortaleza contra a investida golpista. No entanto, a maioria dos setores da esquerda nacional optaram por negligenciar a mobilização e apostaram todas as fichas nas “instituições”.

As “instituições”, contudo, não decepcionaram seus patrões, isto é, os monopólios. Os milhares de apelos da esquerda, que denunciou a condenação de Lula como ilegal – o que é verdade -, não sensibilizaram minimamente o Supremo Tribunal Federal, a Polícia Federal ou qualquer outra instituição. O ex-presidente Lula foi preso e só não o foi antes porque houve uma resistência popular contra sua prisão.

A própria resistência que se formou, de maneira quase que espontânea, em São Bernardo, mostrou o caminho necessário para a luta pela libertação de Lula. A libertação do ex-presidente não depende de quão bem fundamentado for o pedido de habeas corpus, ela depende da mobilização que for feita. Por isso, é necessário continuar a campanha pela libertação de Lula, intensificar o acampamento em Curitiba e realizar caravanas em todo o país para exigir a liberdade de Lula.

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