Em uma clássica manobra da burguesia para tentar eleger um desconhecido que irá aplicar todo o programa neoliberal devastador do imperialismo, caminhamos para uma eleição presidencial com abundância de candidatos, mas ausência de soluções para derrotar o golpe.
Confira abaixo alguns dos que já confirmaram a intenção de entrar na disputa eleitoral:
Jair Bolsonaro
O candidato da extrema-direita é ultra oportunista (se diz nacionalista, mas em viagem aos EUA para pedir financiamento para sua campanha chegou até a bater continência para a bandeira imperialista), tem o apoio de um setor grande das Forças Armadas e é uma ameaça real ao país, já que sua candidatura, adotada por muitos setores populares por conta de uma extrema rejeição à democracia, vem crescendo nas pesquisas.
Rodrigo Maia
Mais conhecido como “o gordinho da Câmara”, o candidato do DEM (antigo ARENA, partido da ditadura militar) é simplesmente uma nulidade. Não tem apoio, nem personalidade, nada. Resta a dúvida do porquê desta candidatura ainda ser cogitada.
Geraldo Alckmin
O “picolé de chu-chu” já declarou que pretende levar o que o PSDB fez em São Paulo para todo o Brasil. Ou seja, um governo de fome, que corta direitos de todos os trabalhadores, odeia os professores e trata a pobreza como caso de polícia. É o governo dos sonhos da burguesia, se a situação não requerer uma alternativa ainda mais autoritária.
Henrique Meirelles
O candidato do PMDB representa uma das alas preferidas dos banqueiros do país, para aplicar justamente a política deles. Nenhum investimento no povo, e todo rendimento possível para os capitalistas.
Marina Silva
Financiada por capitalistas internacionais, Marina até tem sua base de votos bem estabelecida, mas nunca conseguiu ganhar absolutamente nada. Foi trampolim para o PSDB ir para o segundo turno nas duas últimas eleições. Apoiou Aécio Neves nas eleições de 2014 e, cada vez mais, se alinha com a agenda da direita.
Aldo Rebelo
Após sair do PCdoB e ir para o PSB, Rebelo pode ser uma alternativa da burguesia para o pleito. É totalmente afinado com a política das Forças Armadas, inclusive desfrutando de grande prestígio no meio militar. Declarou apoio à intevenção militar no Rio de Janeiro.
Ciro Gomes
O “embuste” Ciro Gomes se apresenta como candidato de “centro-esquerda”, mas tem carta branca da burguesia para tirar votos tanto da esquerda como da direita, contando com o apoio de setores absolutamente burgueses e reacionários. Tem o agravante ainda de se dizer contra o golpe, mas aposta na prisão de Lula para impulsionar a sua candidatura. Recentemente declarou apoio ao general interventor do Rio de Janeiro.
Manuela D’Ávila
A candidata que ninguém conhece do PCdoB só tem uma função nesta eleição: tirar votos de Lula. Com a cumplicidade da burguesia, a candidatura serve para atender às ambições próprias do partido no jogo eleitoral.
Guilherme Boulos
Candidato emprestado ao PSOL, Boulos é mais um na lista dos concorrentes que conta com a anuência da burguesia para tirar votos de Lula.
– PSTU – Optando por não lançar Zé Maria, o partido que se recusa a enxergar o golpe irá apresentar uma figura secundária no pleito. Depois de várias atitudes malucas após o golpe de 2016, o partido se encontra cada vez mais enfraquecido.
– PCO – O partido ainda não decidiu se vai lançar candidatura. O Comitê Central Nacional do partido marcou uma conferência eleitoral para decidir o que fazer, mas esta ainda não tem data definida.
– Outros – Servindo para confundir ainda mais o panorama eleitoral as candidaturas de partidos como PV, PSDV etc, são completamente artificiais e só servem para ocupar o tempo da propaganda eleitoral.
– Lula – O principal alvo dos golpistas, Lula tem uma eleição que gira em torno de sua figura. Grande parte dos candidatos mencionados acima só estão concorrendo para bater de frente com a candidatura do petista. Irá enfrentar uma dura oposição da burguesia, que quer vê-lo na cadeia, pois é o único candidato de esquerda com chances reais de ser eleito, ainda no primeiro turno, devido à sua grande popularidade e autoridade política sobre importantes movimentos de massas do país.