Há três dias das eleições mais fraudulentas da história do País, a força-tarefa da Lava-Jato pediu nesta quinta-feira (dia 4) uma nova condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz fascista Sergio Moro no processo em que o petista responde pelo acusação, sem provas, de recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht por meio da aquisição de um terreno para o Instituto Lula.
O encaminhamento é parte da perseguição política contra Lula e da campanha eleitoral que o Ministério Público Federal e todo o judiciário fazem contra o PT. Lula completa seis meses de prisão ilegal, mantida à revelia do que estabelece a Constituição.
Nas alegações finais do documento apresentado pelos procuradores do MPF, pedem que Lula seja condenado por Moro pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O requerimento foi apresentado no mesmo processo fraudulento em que o juiz divulgou, nesta semana que antecede as eleições, trechos da delação super premiada do ex-ministro Antonio Palocci, que já havia sido rejeitada por falta de provas.
O fato expressa a manutenção da ofensiva da direita golpista contra o PT, mesmo diante da capitulação do Partido que decidiu substituir a candidatura presidencial de Lula, pela do ex-prefeito Fernando Haddad, sob intensa chantagem do judiciário golpista e até mesmo do comando do Exército que ameaçou com um golpe militar.
Com a cassação (da qual cabia ainda recursos) e desistência da candidatura, a direita teve melhores condições para levar adiante seu plano de realizar eleições fraudulentas que sirvam para dar uma aparente legitimidade ao novo carrasco que vá chefiar o executivo, buscando dar sequência à ofensiva contra o povo brasileiro e a economia nacional intensificada no governo golpista de Temer, empossado com a derrubada criminosa da presidenta Dilma Rousseff (2016), com o apoio de todos os candidatos burgueses (Bolsonaro, Ciro, Alckmin, Marina, Meirelles etc.)
No mesmo dia, o Partido Trabalhista do Reino Unido, organização com quase 120 anos, homenageou o ex-presidente Lula, nomeando-o como presidente honorário de sua seção de jovens, o Young Labour. Na nota oficial do partido, que apresenta a resolução se afirma que “Lula é fonte de inspiração para os trabalhistas britânicos” e que o mesmo “foi preso porque simboliza dignidade e progresso para os trabalhadores, camponeses e expropriados do Brasil”.
Expressando a compreensão que se espalha por todo o mundo sobre o caráter fraudulento das eleições brasileiras, a declaração afirma ainda que “Lula é um preso político”e que sua prisão teve como objetivo “tirá-lo das eleições”: “a principal acusação, baseada em delações premiadas de empresários acusados de corrupção, é que lhe foi oferecido um apartamento (no qual ele nunca passou um dia). A verdadeira razão para punir Lula é que nos próximos dias o Brasil terá uma eleição de profunda importância para o futuro do país”, afirma a Nota.
A manifestação dos trabalhistas é um pequeno mas expressivo sintoma da importância da prisão de Lula para a consumação da fraude nas eleições que se aproximam.
servem também para indicar a importância da continuidade da luta pela sua liberdade, na próxima etapa, como eixo da luta contra o golpe, elemento de unificação dos explorados e de suas organizações contra a ofensiva que a direita vai buscar impor, após a fraude das eleições, cujo primeiro turno se realiza no próximo domingo.