Ciro Gomes, apontado pela imprensa burguesa como o substituto de Lula nas eleições deste ano, já demonstrou inúmeras vezes que não era um candidato de esquerda. Como se isso não fosse suficiente para qualquer trabalhador repudiar sua candidatura, Ciro vem sinalizando que não é apenas um político direitista, mas sim um candidato a serviço incontestável dos donos do golpe.
Uma das provas que Ciro Gomes deu recentemente de que sua candidatura colocaria os trabalhadores de joelhos para os golpistas foram os elogios a Benjamin Steinbruch, ninguém menos que um dos principais articuladores do golpe de Estado contra a presidenta Dilma Rousseff. A campanha da FIESP, simbolizada por um ridículo pato, foi orquestrada fundamentalmente por Steinbruch.
Nessa semana, Steinbruch se afastou da Direção da FIESP. O motivo? Muito simples: participar das eleições de 2018 como candidato a vice-presidente ao lado de Ciro Gomes. Assim, mais do que nunca fica claro que votar em Ciro Gomes seria votar na FIESP, isto é, nos maiores industriais do país.
Ciro Gomes é um exemplo claro de porque os abutres não devem ser levados a sério na luta contra o golpe. Ao invés disso, ao invés de participar desse circo eleitoreiro construído pela burguesia, é necessário que os trabalhadores se mobilizem permanentemente contra o golpe, fortalecendo os comitês de luta e construindo a Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe.