Nesta terça-feira (11), às 11h, houve um debate na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro promovido pelo diretório estudantil, reunindo 4 candidatos ao Senado. Dos 16 políticos convidados, só compareceram os candidatos de esquerda Chico Alencar (PSOL), Cyro Garcia (PSTU), José Bonifácio (PDT) e Fernando Fagundes (PCO).
Durante uma breve apresentação, lamentou-se muito a ausência dos candidatos de direita, como Flávio Bolsonaro e César Maia, que têm aliás o hábito de correr do debate, o que revela sua tendência anti-democrática.
Todos admitiram que a situação do Brasil só vai mudar com a reorientação do modelo econômico neoliberal, a questão é como implementar isso na prática. Todos apontaram também para o caráter limitado das eleições como forma política suficiente para se realizar uma transformação efetiva da sociedade.
Fernando perguntou a Cyro se a campanha” Liberdade para Lula”, uma vez apoiada pelas massas que aprovam o ex-presidente, não seria uma forma de desencadear uma rebelião popular AGORA, capaz de reverter o golpe. Cyro simplesmente negou a existência do golpe de estado, acusando Lula de corrupção, e de estar justamente preso.
Logo após, o próprio Cyro perguntou a Chico Alencar sobre sua votação em prol da cláusula de barreira, que atinge os partidos menores. Chico respondeu que se achou numa “escolha de Sofia”. Pressionado pela direita se viu forçado a fazer a escolha da alternativa “menos pior”.
O candidato do PDT assinalou que a escolha por Ciro Gomes seria hoje a melhor opção eleitoral para a esquerda.
Todos rejeitaram a PEC dos gastos que congela o orçamento da união por 20 anos, falaram sobre a necessidade de deter a sanha capitalista e envenenadora do agronegócio, em favor de uma outro modelo de agricultura, orgânica e familiar, e sobre a necessidade de se financiar a educação em todos os níveis.
Na despedida, após fazer uma breve apresentação de seu partido, o candidato do PCO foi o único que apresentou uma política clara e imediata para derrotar o golpe neoliberal: rejeitar a ilusão eleitoral e mobilizar as massas pela liberdade de Lula, atualmente o maior líder popular do Brasil.





