Com apenas 18 anos, ainda lutando com o nome de Cassius Clay, Mohamed Ali ganhou a medalha de ouro nas Olímpiadas de Roma, no ano de 1960.
Mohamed Ali competiu em Roma na categoria meio-pesado – ele só passaria para os pesos pesados após os Jogos – e derrotou, pela ordem, o belga Yvon Becauls, o soviético Gennadiy Shatkov, o australiano Anthony Madigan e, na decisão pelo ouro, o polonês Zbigniew Pietrzykowski.
Ao retornar aos Estados Unidos, Mohamed Ali mostrava todo o orgulho de ser o campeão olímpico. Havia ganhado as lutas com muita facilidade, (assista a luta pelo título no fim da matéria) forçando seus adversários a ir para o tudo ou nada… que sempre levava à vitória de Mohamed Ali.
Andando pela sua cidade natal de Louisville, Kentucky – região sul e segregada – Mohamed Ali não retirava a medalha do pescoço. Mostrando a força do povo negro, sem abaixar a cabeça, adentrou um restaurante em sua cidade.
Mohamed Ali relatou várias vezes durante a sua vida, como aquilo o marcou. Em entrevista anos depois (assista no primeiro vídeo ao fim da matéira), Ali mostra outra característica de sua inteligência: o humor. Segundo Ali: “Eu me sentei e pedi um cafezinho e um cachorro quente – quando a atendente respondeu que eles não serviam negros, Ali respondeu – e eu não como negros, então me traga o café e o cachorro quente! “.
Apenas alguns dias após ser campeão olímpico, Mohamed Ali jogou sua medalha de ouro no Rio Ohio. Viu que mesmo sendo o melhor do mundo, precisaria participar da luta dos negros. Junto com Martin Luther King. Jr e, principalmente, com Malcolm X, Ali participou ativamente pela luta do povo negro, dentro e fora dos ringues.