5 de outubro de 1934 – Surgiu a Comuna das Astúrias

Dois anos antes da Guerra Civil Espanhola, conselhos operários foram formados em conjunto com a população da Astúria (região norte e industrializada da Espanha, com muitos operários) para levar a cabo, a Comuna das Astúrias, em 5 de outubro de 1934.

Dois sindicatos, a Confederción General del Trabajo (CGT) e a Confederación Nacional del Trabajo (CNT) foram fundamentais na insurgência, que, em certos locais da Espanha é chamada de Revolução de Astúrias de 1934.

Parte da tática de greve revolucionária, uma aspiração do anarcosindicalismo, partes da esquerda e tendências revolucionárias, de que de uma greve, a revolução surgiria, e meio que como mágica, o Estado burguês cairia.

A Comuna de Astúria se formou, pois, ali, a CNT se unificou a UGT e ao Partido Socialista Espahol (PSOE). No resto do país, essas organizações não concordavam e não travavam uma luta única contra o fascismo crescente. As juventudes Socialistas e Libertárias também se juntaram e foram treinadas para se defender do exército que marcharia contra eles. O treinamento de mulheres formou diversas formações armadas e de elite.

Os sublevados tomaram diversos bairros importantes do maior condado da Astúria, Oviedo. Comandados por Ramón González Peña, tomaram toda a cidade durante a madrugada. Prenderam os guardas, tomaram as fábricas e locais de fornecimento de alimento, energia e armamentos. O chamado Exército Vermelho se formou, ao fim de 3 dias, com mais de 30.000 efetivos, em sua maioria trabalhadores e principalmente mineiros.

A Comuna de Astúria foi uma resposta ao governo que tendia cada vez mais ao fascismo. Apenas um dia antes, o presidente Ricardo Samper, foi retirado do poder, e foi formado o governo Radical-cedista aliando a Confederação Espanhola das Direitas Autônomas (CEDA) e os radicais que apoiavam Alejandro Lerroux, que assumiu a presidência.  O CEDA tinha tratados com Mussolini e, com o surgimento do nazismo, logo adotou toda a propaganda da Alemanha nazista.

Assim, em 5 de outubro de 1934, a UGT declarou greve geral e  o presidente Lerrouz proclamou lei marcial.

A Comuna, isolada, conseguiu resistir aos ataques da reação até 18 de outubro, quando, já cercados pelas tropas marroquinas de Franco (chamado para aplacar a insurgência e que dois anos depois seria o ditador na Espanha), os trabalhadores foram derrotados.

Os insurgentes de 1934 travaram batalhas durante a Guerra Civil. No cartaz à direita: “Hoje como ontem o socorro vermelho da Espanha cuidará de vossas famílias” e no direito: ” Ajude as familias dos combatestes do norte”.

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.