Era 30 de setembro de 1938 em Munique, na Alemanha. Adolf Hitler, o líder nazista da Alemanha naquela ocasião, conversava com Neville Chamberlain (Primeiro-Ministro do Reino Unido), Édouard Daladier (Presidente do Conselho na França) e Benito Mussolini (Primeiro-Ministro da Itália e líder do partido fascista). O motivo da conversa era a reivindicação da Alemanha sobre os Sudetos da Checoslováquia, regiões do país vizinho que possuíam uma grande quantidade de descendentes de alemães. O encontro entre os líderes resultou no acordo conhecido como “Acordo de Munique”, que dava à Alemanha o direito de invadir a região.
Em 1933 se estabelece nas regiões dos sudetos um partido dos alemães que lá viviam e que tinham o interesse de desmembrar esses territórios e os anexar ao Terceiro Reich. Esse partido possuía o nome de Partido Alemão dos Sudetos.
Já em 1938, Alemanha em seu anseio de expandir seus domínios sobre o resto da Europa havia acabado de anexar a Áustria. Aumentando a pressão sobre os Sudetos em favor da separação da Checoslováquia. Tudo indicava uma invasão do país por parte dos alemães. No entanto, a Checoslováquia possuía acordos que obrigavam a França a auxilia-la caso entrasse em guerra.
No entanto, a França não possuía tanto interesse em auxiliar a Checoslováquia. Tanto a França quanto o Reino Unido capitulam diante da situação e assinam o “Acordo de Munique”, em que fica determinado que a Alemanha tem o direito de invadir a Checoslováquia e anexar os Sudetos ao seu território, desde que os nazistas aceitem não requisitar mais nenhum território.
A Alemanha, então, começa a ocupação dos Sudetos no dia primeiro de setembro de 1938. Durante a ocupação, que termina no dia dez de setembro de 1938 (81 anos atrás), os nazistas expulsam a população tcheca da região e o Partido Alemão dos Sudetos se mescla ao Partido Nazista.
Em março do ano seguinte os nazistas descumprem o acordo firmado e tomam todo o restante da Checoslováquia. A invasão alemã ao território demonstra como tanto os países imperialistas ditos democráticos, quanto os países imperialistas ditos ditatoriais no fundo levam a mesma política de dominação contra o restante da população mundial. O que a França e o Reino Unido fizeram diante da situação nada mais foi do que uma tentativa de ceder uma parte dos territórios por eles dominados aos alemães, com o intuito de que assim pudessem manter seus domínios sobre os outros países sem serem incomodados pelos nazistas.
A conferência na qual os quatro países imperialistas decidiram que uma parte do território tcheco deveria ser invadido pelos alemães demonstra também como a Checoslováquia não estava sendo protegida por nenhum desses países no acordo que ficou conhecido por “Sentença de Munique”, mesmo com a Checoslováquia tendo um acordo de mútua proteção com a França. Fica a dica para aqueles que acreditam que Donald Trump defenderia os interesses do Brasil na convenção do G-8 que discutiu os problemas da Amazônia, convenção essa que o Brasil também não participou.