O Tratado de Versalhes entrou em vigor no dia 10 de janeiro de 1920.
A assinatura do Tratado de Versalhes, após meses de negociações em Paris, encerra a Primeira Guerra Mundial, que termina com derrota do bloco da Tríplice Aliança, liderado pela Alemanha e composto por Aústria-Hungria e Império Otomano. Os países imperialistas vencedores da Tríplice Entente, liderados pela Inglaterra e França e composto também por Estados Unidos (a Rússia revolucionária se retirara da guerra com a assinatura do Tratado de Brest-Litovsk) impuseram o Tratado de Versalhes sobre a Alemanha, como forma de saqueá-la e humilhá-la em virtude de sua derrota.
O Tratado de Versalhes impunha duras penalidades e determinava que a Alemanha aceitasse sozinha todas as responsabilidades por causar a guerra, ocultando assim a política de rapina belicista e a disputa colonial de todos os demais países europeus e suas respectivas responsabilidades na deflagração do conflito. Aquele país deveria, de acordo com as cláusulas do Tratado, reparar as nações da Tríplice Entente, especialmente a França, pelas despesas de guerra.
Os termos do Tratado impunham a perda de parte do território da Alemanha, a perda de todas as suas colônias no continente africano, a restrição ao tamanho e à força militar de suas Forças Armadas e indenizações milionárias pelas despesas de guerra, da ordem de 33 milhões de dólares (valores da época). O país teve, ainda, de reconhecer a independência da Áustria.
A imposição do Tratado de Versalhes e suas cláusulas punitivistas sobre a Alemanha, que reconfiguraram o mapa político europeu em função dos interesses dos países imperialistas vencedores, são frequentemente citadas como parte dos fatores que geraram condições propícias para a ascensão do Partido Nazista e Adolf Hitler e o estouro da Segunda Guerra Mundial.