A entrega do patrimônio brasileiro aos estrangeiros é um dos objetivos centrais do governo golpista. Na segunda-feira (30), o Diário Oficial da União (DOU) publicou uma lista com as 14 petrolíferas que participarão do megaleilão do pré-sal. São elas:
1 – BP Energy do Brasil Ltda. (Inglaterra)
2 – Chevron Brasil Óleo e Gás Ltda. (EUA)
3 – CNODC Brasil Petróleo e Gás Ltda. (China)
4 – CNOOC Petroleum Brasil Ltda. (China)
5 – Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil Ltda. (Colômbia)
6 – Equinor Brasil Energia Ltda. (Noruega)
7 – ExxonMobil Exploração Brasil Ltda. (EUA)
8 – Petrogal Brasil S.A. (Portugal)
9 – Petrobras (Brasil)
10 – Petronas Petróleo Brasil Ltda. (Malásia)
11 – QPI Brasil Petróleo Ltda. (Catar)
12 – Shell Brasil Petróleo Ltda. (Inglaterra)
13 – Total E&P do Brasil Ltda. (França)
14 – Wintershall DEA do Brasil Exploração e Produção Ltda. (Alemanha)
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), estima-se que a produção dos quatro campos seja de 1,2 milhão de barris por dia. Com o resultado do leilão dos quatro campos na Bacia de Santos, o governo pretende arrecadar R$106,5 bilhões. Esse valor, contudo, é extremamente baixo se comparado ao que o País ganharia mantendo a Petrobras (que descobriu o pré-sal) com exclusividade na exploração. Ao calcular o preço do barril hoje ( R$ 248,10 ) x 1,2 milhões de barris que serão produzidos nos campos x 30 dias x 12 meses , temos o resultado de 107 bilhões aproximadamente. Ou seja, os golpistas entregarão os 4 campos pelo valor de apenas 1 ano de exploração, um preço de banana.
Esta proposta do governo golpista acaba com o Fundo Social do pré-sal, criado no governo de Lula (PT), em 2010 e pensado como se fosse uma poupança composta por óleo excedente do pré-sal e royalties. A presidenta Dilma Rousseff(PT) sancionou, em 2013, uma lei que destinava 75% dos royalties e 50% deste fundo para a educação e 25% dos royalties para a saúde.
Para José Maria Rangel, coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), “hoje quem consegue extrair o petróleo do pré-sal a menor custo é a Petrobras e como o regime de partilha prevê, que retirados os custos de extração, a empresa que der maior retorno de óleo para o governo é a vencedora do leilão, quem hoje tem a condição de dar a maior quantidade é a Petrobras. Querem acabar com isso e voltar para o modelo de concessão. É um ‘entreguismo’ generalizado”, afirma.